sexta-feira, 26 de agosto de 2011

o farejador


Hoje à noitinha, saindo do trabalho avistei um cachorroo. Ele vinha na minha direção. Nós nos aproximavamos cada vez mais. Era um cão de uma certa idade. Ele me interessou pois tinha um passo determinado e chegando na esquina dobramos na mesma rua, trilhavamos o mesmo caminho. Lado a lado, eu, encantada por ele e ele nem me "dando bola". Não por desrespeito mas porque vinha concentrado, sério. apertando o passo. Desde o início era: duas pegadas e uma cheirada. Lépido e fagueiro, o tal cachorrinho procurava seu rumo. Como disse antes, ele não era jovem mas tinha seus objetivos. Por um instante fixou o olhar do outro lado da rua, como se tivesse avistado alguém que lembrava o dono. Olhou bem, até se certificar que não era. Por causa do cair da noite, era difícil de reconhecer alguém, mesmo que fosse um antigo companheiro. Então, muito rapidamente, retomou as buscas: era, duas pegadas saltitantes e uma fungada na calçada. E eu ali, torcendo pra que ele chegasse. De repente, parou e percebendo o equívoco em seguir naquela direção, fez meia-volta e se foi, no mesmo tranco. Fiz votos para que aquele "senhorzinho" encontrasse logo o seu destino.



NOTA: esse é um fato real e escrevo em homenagem a minha tia Alice. Ela nos ensina o amor pelos animais.