sábado, 5 de novembro de 2016

da infancia

Quando eu era criança e jogava bola na calçada, acontecia cair no patio dos vizinhos. Então, fazia cara de "criança mimosa" e ia batendo palmas p que aparecesse alguém na janela. Assim, gentilmente pedia o brinquedo de volta. Um dia, uma senhora q morava na frente com fama de má me devolveu a bola e me convidou p entrar. Disse que se aborrecia em alcançar as coisas q as crianças perdiam no seu quintal. Isso interrompia a sua concentração em horas de estudo. Era uma casa de tijolos à vista q se mantinha o dia todo fechada. Eu achei o convite irrecusável. Hoje, nem lembro se por curiosidade ou medo q ela me lançasse um feitiço, aceitei entrar. Ela tinha os cabelos "gris" levemente voltados para atras, acabara de sair do banho. Me levou até uma peça q chamou de consultório. Me disse q era psicóloga e que os filhos já eram crescidos e não moravam ali. De dentro de uma gaveta tirou um bombom e me ofertou. Fiquei na dúvida se arriscaria minha vida comendo aquilo que me parecia uma isca barata para uma mocinha ingênua feito eu. Mas na hora do lanche, todas estas ameaças se dissiparam e eu encarei um privilégio. Acreditei ser a única menina do bairro de coragem p entrar naquele castelo encantado.