sábado, 5 de novembro de 2016

da infancia

Quando eu era criança e jogava bola na calçada, acontecia cair no patio dos vizinhos. Então, fazia cara de "criança mimosa" e ia batendo palmas p que aparecesse alguém na janela. Assim, gentilmente pedia o brinquedo de volta. Um dia, uma senhora q morava na frente com fama de má me devolveu a bola e me convidou p entrar. Disse que se aborrecia em alcançar as coisas q as crianças perdiam no seu quintal. Isso interrompia a sua concentração em horas de estudo. Era uma casa de tijolos à vista q se mantinha o dia todo fechada. Eu achei o convite irrecusável. Hoje, nem lembro se por curiosidade ou medo q ela me lançasse um feitiço, aceitei entrar. Ela tinha os cabelos "gris" levemente voltados para atras, acabara de sair do banho. Me levou até uma peça q chamou de consultório. Me disse q era psicóloga e que os filhos já eram crescidos e não moravam ali. De dentro de uma gaveta tirou um bombom e me ofertou. Fiquei na dúvida se arriscaria minha vida comendo aquilo que me parecia uma isca barata para uma mocinha ingênua feito eu. Mas na hora do lanche, todas estas ameaças se dissiparam e eu encarei um privilégio. Acreditei ser a única menina do bairro de coragem p entrar naquele castelo encantado.

sábado, 27 de junho de 2015

Arco-Iris

intolerancia ao diferente, o diferente destoa e muitas vezes gera o preconceito, a lei vem e estabelece o que pode e o que não pode, então, seres humanos sensatos, que se destacam dos demais animais, aguardam uma determinação judicial para serem seres humanos, para sentirem com cores dignas de um arco-iris a alegria e a felicidade do amor. Sim, esta sou eu, um ser social que faz parte deste todo e devo carregar algum resquicio de preconceito que iniba meu igual a viver sua propria vida. Parece que ja virou rotina. No entanto, acredito na humanidade. Nós somos cada dia mais livres mesmo que a passos de formiguinhas. Mas vejo conquistas e acredito na evolução da especie. Aquela imagem do homo sapiens se erguendo me marcou a memória e me comprometo. De todas as agressões que imponho à sociedade por querer ser "Eu"mesma, uma delas está logo ali. É fato: a velhice. E "bora" encarar o preconceito. Não me dou de cara com ele todo dia que acordo mas de maneira sutil e as vezes nem tanto, venho lidando com isso. O velho e novo tb se estranham. O velho reclama, se incomoda, se ofende mas o novo tb suporta muita crítica e extravassa com uma capa de adolescente ou de jovem arrogante, já o adulto maduro se resigna ou se deprime porque já teve seus momentos q a lei considera de glória. E as crianças? Quem ouve as crianças? Ontem uma criança me ensinou sobre o destino dos homens. Veio em minha casa e me perguntou onde ficava a gaveta dos brinquedos. Eu disse que não existia pois não tinha filhos. Ela, então, disse q isso não era motivo poderia ter a gaveta de brinquedos pois os filhos viriam... a criança desde cedo tem um destino, seguir o exemplo dos pais. Que tal ouví-las para sentir se estamos sendo o exemplo digno que pretendemos? Nascemos sem preconceitos e prontos para amar uns aos outros? Eu creio que sim.

domingo, 12 de abril de 2015

Se meu cachorro falasse...

pra mim, nosso passeio de hoje, foi uma frustração mas pra Binoche, nem tanto. No caminho, ela passou mal e colocou todo café da manhã p fora. E eu pensando: como será correr ao lado de uma bicicleta c o estomago embrulhado? Mas, não! Parece q cachorros não ficam indispostos e humiliados p terem passado por isso. Seguimos até a estação Beira-Rio e para minha surpresa, às 8h16, nenhuma bike. Então o jeito é compensar vendo o cachorro correr solto no parque. Mas não. Ela resolveu comer todas as sobras de churrasco, picnics e oferendas ao rei Roberto Carlos. Briguei, chamei, corri atras, quem disse que filho obedece, numa hora dessas? É muita tentação, muitos apelos para "o caminho do mal". Isso digo eu, o cachorro tah feliz da vida. Se fosse gente tava dando risada. hahah

sim, para os animais domésticos!

Então, sim! Animais domésticos dão muito trabalho. A gente precisa querer. Não sugiro a ninguém adotar a não ser que me perguntem sobre minha opinião e recebam em troca um relato de experiencias chocantes. Sim! Animais de estimação precisam de ração especial, vacinas, banhos, veterinário, passeios, atenção, espaço, afagos. E preparem-se: eles ditam normas: acordam a gente e bagunçam a casa, comem as coisas mais queridas que temos e terminam por liquidar com o jardim. Férias? Também é uma questão. Pense em alternativas pois eles não são inflaveis que você enche e desenche quando quer. Eu digo siiiim.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Os comensais

      Uma vez em Québec, provincia do Canada fui convidada por uma colega de quarto de um albergue p acompanhá-la no almoço. Nosso restaurante era um lugar simples de comida saborosa e se chamava Commensal (http://www.commensal.com/fr/restaurants/), em português "comensal" significa "um daqueles que comem juntos", companheiro, conviva, convidado, camarada. E eu não sabia!! Adorei saber daquilo pois em casa era e é uma prática muito comum na família. Além de sermos uma "filharada", termo adotado pela minha mãe, fomos gerados por um casal de primos, o que faz de meus pais, meus primos de segundo grau e os sogros deles, ao mesmo tempo seus tios, isto nos inspira estarmos frequentemente juntos, minha mãe adora reunir "o povo". E a partir de então esta "muvuca" tem um nome. Na família crescemos nos reunindo, na sáude, na doença, na alegria, na tristeza. Tudo é motivo pra juntar gente. Tenho uma lembrança de infância em que minha tia ganhou numa rifa um ovo de Páscoa gigantesco e todos nos reunimos p compartilhar daquela sorte. E hoje, vegetarianos, veganos, intolerantes à lactose, gourmands e demais comensais continuamos compartilhando grandes momentos à mesa. Lembrando mais uma experiência em terra "québécoise", onde para se chegar basta trazer o seu vinho. Se você ainda não tem onde almoçar chegue-se à nós e seras um de nós.

sábado, 19 de outubro de 2013


Minha casa fica perto da Paraíso, rua Paraíso onde se encontra esta casa linda e bem conservada com pessoas gentis que nos recebem sorrindo e oferecendo livros financiados pela cultura de PoA. Aqui é o Paraíso. Lugar em que o sol incide seu poder a partir do meio-dia na sala da frente, ilumina meus pensamentos e faz a alegria dos meus gatos. Aqui as crianças jogam taco no meio da rua, andam de patinetes pelas calçadas e viajam no tempo que eu era criança.

domingo, 15 de setembro de 2013

Julião

 
 

Antes que alguém comece a imaginar que vendo este gato na minha janela, me tomei de amores e o incorporei a família, unindo-o aos outros dois felinos da casa eu garanto que a história foi bem diferente. Meu forte não é a generosidade. Mas o Julião morava aqui antes mesmo de todos nós. Então, chegamos e era um miado agudo junto à janela todos os dias. "Deixe-me entrar"- talvez dissesse. Mas nós não fazíamos planos de acolher ninguém. Começaram as idas e vindas: café, almoço e janta." Lá ia Julião buscar o que comer longe de nós. Só tinha nome porque como se tratava de alguém muito presente e muito assíduo tivemos que dar jeito de ter como chamar. E assim foi, passaram-se 3 meses. Ele morando na janela da lateral, saía pra comer e voltava pra passar a noite com a gente. Um dia, não suportando mais tanto miado, deixamos que viesse morar com a gente. Ganhou comida, agua, foi vacinado, castrado e onde recebeu atendimento sugestão de uma idade entre 1 ano e meio ou 2. Hoje, ele é um de nós.