quarta-feira, 29 de abril de 2009

Uma janela para dois


Pareceu terem se chegado a janela pra ver a lua, tal era a escuridão da casa mas da rua se via uma luz clara, até mesmo ofuscante e os dois observavam atentos um gesto quotidiano do jardineiro que podava os galhos amarelos e húmidos da estação

segunda-feira, 30 de março de 2009

Delícia de vida !

Uma grande amiga me falava ainda ontem de sua importante teoria: "24h com um filhote nos braços e pronto! Não tem mais volta...a gente o quer pra sempre." Falava dos seus cachorrinhos visto que, hoje embora a mão-de-obra que dá, ela se vê encantada pelos seus...

Nota: Esse lindo anjo se chama Stella. Não ficou 24h nos meus braços. E eu o tenho pra sempre. Sua mãe que me viu chegar de levinho ao encontro do mesmo me chamou de "encantadora de bêbês". Que delícia de vida!


sábado, 21 de março de 2009

O homem de cinzento não pôde esperar...


Meu pai se foi na última quarta feira do verão e me deixou seu nariz adunco, mesmo nariz do pensador grego Aristóteles cujo busto da era romana foi encontrado sob a Acrópole, em Atenas. Me deixou igualmente suas sombrancelhas grossas e sua audácia em escrever histórias cujo os nomes seguem uma lógica muito peculiar. Meu pai me deixou também um legado que eu me apropriei antes mesmo de sua partida. Ele me ensinou a aceitar com ironia aquilo que não podemos mudar embora o dito seja "Que Deus nos dê "coragem" para...Assador de renome, entre os inúmeros frequentadores da casa e de paladar "gourmand", enquanto aguardava sua hora, meu pai buscou rever passagens da sua vida naquilo que degustava. Isso, talvez justifique seus desejos bizarros parecendo um "enfermo glutão". Eu, há pouco recebi dele, um "pedido solene" de preparar um arroz com coração de galinha. E me perguntei por que, entre os bolinhos de bacalhau do Chalé da Praça XV, as batatas fritas do kioske da praia, o camarão do restaurante chinês, a massa com gorgonzola feita em casa, e uma tainha na brasa, meu coração era tão importante. Até que compreendi que ele, estava reconstruindo sua história (da qual eu fazia parte e me encaixava tão bem) na lógica dele. Na prática, passamos meses compartilhando e degustando a mesa, lembranças de um passado feliz. Em tese esse parece ter sido o pensamento de um professor tão admirado por respeitar a lógica particular de cada um.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pacato cidadão Curitibano



Na real, não deu tempo de pensar, perguntar, pedir licença, só deu tempo de "roubar" essa cena. Não era peça de teatro, nem filme. Por isso que viajar pra mim, as vezes é apenas dar uma volta na quadra, sair pra tomar um sorvete ou encher o tanque do carro. Basta entrar no clima e estar atento pra vida. Foi assim que esse cidadão foi eleito. Eu o escolhi. Dia da semana? não sei. Quando estou de férias os dias não tem nomes, nem números. Mas ele sentou e por um detalhe não impedia os consumidores desse supermercado de chegar até o caixa. Ele estava ali somente para completar o seu livrinho de palavras cruzadas quando foi eleito: pacato cidadão curitibano do qual eu desconheço o nome mas atribuo o título pois ele se enquadra perfeitamente no perfil de cidadão que vive nessa cidade em que as confeitarias tem toalhas xadrez e cortinas rendadas nas janelas, o centro oferece ao visitante um passeio num calçadão iluminado, mesmo às dez horas da noite. Os parques são bem cuidados, os bares são de todos os tipos e dos mais variados. Todos os dias que eu saí, voltei depois da meia-noite pelas ruas à pé. Isso chamam de ser provinciano, eu considero isso ser-civilizado.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Faxina Geral

Em casa, de férias estamos aproveitando pra fazer "aquela" faxina. Hoje atacamos as cortinas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

É Paris



A imagem me fascina. Se não tem desenho, foto, cores...eu invento. Agora nas festas de fim de ano, eu estava em Paris. Sempre que deixo uma cidade que me encanta penso no passeio que farei na próxima vez, quando eu voltar. Em Paris eu tinha planos de descobrir o que chamam há muito tempo de "passagens cobertas". Nada mais do que ruelas com um telhado de vidro, essas galerias acolhem, numa primeira etapa, aqueles que passeiam pelos boulevares e na sequência os seduzem com a riqueza e charme de suas vitrines. Indo até a primeira delas fiquei "expert" em reconhecer a entrada discreta de muitas outras, pelos arredores. Fotografei tudo! Tinha um tesouro nas mãos. Caminhava alta do chão com aquela relíquia. Porém por causa de uma manobra radical, num botão da minha nova digital apaguei todo registro tecnológico, de muitos dias, da minha estada por lá. O jeito foi recomeçar o percurso...o que só foi possível dia 1 do Ano, o que provavelmente, explica a pouca frequência de admiradores no local mas enfim...fica ao menos uma recordação.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Paris, c'est vraiment délicieux!

Abocanhar Paris como um pedaço de bolo com mel ou doce de leite é a sensação que trouxe comigo por ter perambulado por aquelas ruas no inverno nessas férias de natal. Mesmo aterrisando de volta por aqui pela terceira vez, o impacto sempre impressiona. Não porque a cidade muda mas porque o turista amadurece. Eu não fui pela terceira vez fazer uma foto na torre mas já que tava lá...
Eu não visto Dior nem Louis Vuitton como querem muitos que eu confesse mas tive prazer em beber um copo de vinho tinto, apenas um, na Place de la Contrescarpe, no Quartier Latin. Eu descobri nessa estada como 10 dias podem parecer dez meses, descobri também como franceses podem ser calorosos, como brasileiros podem ser boêmios e solidários. Eu gelei minhas mãos por estar na beira do Sena, cruzei passagens cobertas que existem desde há Belle Époque, entendi o que significa: a França tem 400 tipos de queijo e lembrei que mesmo falando francês aprender uma cultura é uma oportunidade ímpar.