Quando criança nossa literatura predileta era ler gibis. "Gibis" são as nossas histórias em quadrinhos de hoje. Eu lembro de esconder uma dessas revistinhas dentro de uma enciclopédia para ler na hora do estudo sem que minha mãe se chateasse comigo. Ontem a noite saindo de uma audição de Ayres Potthoff, que toca maravilhosamente bem, fomos interrompidos diversas vezes por uma ouvinte, ao meu lado, que na minha crítica, se comportava tremendamente mal. Isso mexeu com meus "rígidos" padrões de comportamento. A figura, sentada ao meu lado, coincidentemente uma pessoa conhecida minha, pediu uma taça de vinho para tomar durante o espetáculo e desde então não parou mais de solicitar outros serviços da casa. Eu até, hoje embora profunda conhecedora de Walt Disney, não sei se nessas horas visto os trajes de Madame Mim ou Maga Patalógica mas me sinto uma bruxa, querendo transformar esses seres que não tem noção de limites do espaço que compartílham em sociedade, em um sapo.
2 comentários:
Bem,obviamente, eu também tinha que fazer estas sessões de literatura e também escondia os gibis dentro dos livros. Mas, lembro que dava tanto trabalho ficar disfarçando que acabava lendo os livros. Devo confessar: graças a isso li diverços volumes de uma literatura clássica infanto-juvenil e foi assim que aprendi a escrever. Regras? Até hoje, sei muito poucas.
E eu que me achava um gênio infantil por ter "inventado" essa técnica de dissimulação! Muitas historinhas li por trás de livros chatésimos de escola, e ganhei em casa a fama de estudiosa! Mal sabem eles!....
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