Entre a fantasia e os fatos...

Meu gato se chama Chablis. Eu escolhi esse nome pela sua cor amarela. Chablis é o nome de um vinho branco produzido num vilarejo no coração da França que leva também esse nome. Eu achei digno associar a elegância dos felinos à delicadeza do tal vinho. Mas confesso que hoje pela manhã minha escolha foi revista e questionada. Aproveitando o piso húmido e escorreagadio do "toilette" meu gato se divertia "as pampas".

Chegou a hora do "tudo bagunçado, mesmo!"

Olhei pra todos os lados. Até atrás da geladeira, eu fui. Olhei nos armários... e agora, onde eu encontro o gato? Será que o pintor levou enganado? Enganado mesmo, porque esse não é o gato de se levar em sã consciência. Vai ver o cara não bate bem da cachola. Também, cheirando tinta branca o dia todo. Deu nisso...

É o fim

Acordo tarde, tomo café jogada na rede lendo aquele artigo que encontrei arrumando gaveta. Bebo cerveja, tomo sorvete de amendoim e 2 kilos a mais na balança. Fotografo meus gatos, toda hora. Eles já conhecem até seus melhores angulos. Almoço qualquer coisa ou fico sem comer pra não sair de casa, no outro dia vou ao super 20 vezes. Tô vendo a novela das 7h. Durmo tarde, converso horrores pelo msn. Meu orkut nem acumula mais scraps. Férias acabando e eu cheia de vícios.

O inusitado da paisagem

Meu destino não era a Alfandega. Cruzei a praça apenas para chegar no Santander , onde tá acontecendo um festival internacional da linguagem eletrônica e me deparei com esse prédio lindo, pintura refeita no capricho e colorido contrastrante com o céu azul, das 15h30 de fevereiro, em Porto Alegre. "Por supuesto" parecia Buenos Aires. Ainda falta muito em segurança mas de toda forma, parabéns para essa cidade e para todos que investem nela.

Leituras obrigatórias

Certa vez eu li "Comme un roman" um livro escrito por Daniel Pennac e fiquei muito impressionada com o que ele dizia sobre o prazer da leitura. Nesse livro tinha uma comparação inusitada entre o verbo "ler" e o verbo "amar". Na teoria deste autor, estes 2 verbos não poderiam ser usados no imperativo. Ou seja: jamais poderíamos "forçar" alguém a ler ou a amar. Claro que eu achei bárbaro, lógico e lindo. Porém, na vida real, existem leituras obrigatórias. Como podemos observar, a ilustração acima. Dessas, nem sempre podemos fugir. Porém, agora neste período de férias reli um livro que ficou marcado na minha pré-adolescência. "Os meninos da rua Paulo", um clássico do húngaro Ferenc Molnár. Naquela ocasião, essa leitura era obrigatória na minha escola. Eu lembro que pra encarar a barra, minha mãe lia comigo e foi essa "saudade" que me fez ir as livrarias, catar a obra. Hoje, eu me regozijo da escolha do meu professor e de ter gravado na mémoria essa doce lembrança. Esse livro leva com classe o nome de "leitura obrigatória", por ser um clássico da literatura. Todo leitor que busca, não só a distração, folheando páginas em dias tórridos de verão, na cidade ou refrescado pela maresia, na beira do mar, deveria ir ao encontro de suas leituras. Você já encontrou a sua?

Em época de Big-Brother também existe pais legais

Ontem à noite, meio na corrida recebi um convite para o Festival Internacional dos Eletrônicos, no Santander. Bah... me desculpe, o pessoal da segurança mas eu usei uma micro-camera e fiz essa foto. De repente ouvi uma criança, esses ruivinhos deliciosos que existem no planeta, chamando pelo pai. Não porque ele queria fazer pipi, como toda criança pede só pra tirar o pai do círculo de amigos ou pra espiar o banheiro mas pra compartilhar de uma descoberta. O pai, por sua vez, mergulhado na sua, fonezinho nos ouvidos não queria mais nada.hehehe

Cidade Luz

Como a "Tour Eiffel" em Paris, o Mercado Público de Porto Alegre tem que ser visto de dia e à noite. Não se trata de uma comparação. Os eternos amantes da cultura francesa a essa hora já tão me xingando do primeiro ao quinto. Mas hoje eu passei por lá, de onde trouxe essa foto que me encheu de orgulho. Não desista da nossa cidade. Junta aí, esse papelzinho do chão. De dia, o mercado oferece um sorvete tradicional, na banca 40 e à noite esse visual.

Meu Ap precisando de uma pintura e eu aqui de pijamas

Essa noite, eu tive um sonho. Chego em casa, meio atarefada e depois de um certo tempo percebo que as peças da minha casa tipo: sala e cozinha estão mais iluminadas que de hábito. Junto dessa constatação vejo que alguns móveis estão levemente deslocados do lugar. Não posso deixar de comentar que esse cenário seria, no meu ponto de vista, realmente o meu sonho realizado. A pintura do meu ap com a qual venho sonhando acordada, já estava em andamento embora eu, proprietária do imóvel, estivesse completamente fora de toda a negociação. Não demorou muito me aparece um estranho. Digamos que não completamente estranho. Alguém que eu havia cruzado na rua, naquela última semana, ao qual eu prestara um serviço e considerando uma troca de favores ele teria me localizado através da internet, incluindo uma cópia da chave do meu ap. Esse cara tinha um visual muito agradável: aparentava 20 poucos anos, se vestia bem pra uma pessoa que dizia estar sem trabalho e disposto a pintar minha casa pelo valor que eu achasse correto. Percebi que mesmo sendo um rapaz educado e gentil estava faminto e se apressou em se servir de uma fatia de pastelão que saído do forno, perturbava nossas narinas com seu perfume deliciosamente morno. Não gosto da idéia desse cara ter entrado em minha casa sem minha autorização. Portanto simpatizo imensamente com a presença dele e com a justificativa de que teria vindo em retribuição a um gesto que eu teria feito em seu favor, mesmo esse tendo sido, por mim, totalmente ignorado. Acordo de madrugada, surpresa pelo adiantado dos fatos fictícios que me pareciam tão reais, mas direto de cara com a realidade. E meu ap precisando de uma pintura. Que pena que o sonho acabou.

Eu não faço plástica, uso photoshop

O photoshop é um recurso rápido, nem tanto, dependendo passo horas retocando uma imagem. Mas é prático e relativamente fácil, para quem gosta de desenho e cursou 5 anos de Belas Artes. hehehe Resultado: quase perfeito. Mas cuidado! Não passe na frente de um espelho logo em seguida desses efeitos especiais. Só se for para retocar a maquillagem que já foi pro brejo ou para olhar dentro de sua alma.

A maior invenção do mundo: a máquina digital

Eu lembro de uma foto da minha turma da escola, na 2a série. No fundo, por acaso, dava para ler uma lista que a professora compos com a gente de todas as máquinas que nós conhecíamos até então: máquina-de-lavar, máquina-de-escrever, máquina-de-secar, máquina fotográfica e por fim, computador. Idos anos 70, mais precisamente 1972. Surgia o computador. Nem se pensava em uma invenção ainda mais prática. Nem se falava em máquina digital. Eu sou absolutamente fascinada pela arte de fotografar. Levar comigo a digital é para mim mais importante que a bolsa, maquillage ou os brincos que vou usar. Essa descoberta genial possibilita que a gente crie, refaça ou corrija a cena que não é dígna do nosso espectáculo. Sem essa de dizer que perdemos a naturalidade dos momentos. Tem fotos que se fossem reveladas, com certeza, queimariam o nosso filme. Quem disse que nós precisamos delas? Hoje a digital tira as rugas, aquela espinha do nariz bem no dia da festa mais importante da nossa vida, apaga o cara coçando o nariz que não precisa aparecer no nosso àlbum de família e nos diverte muito. Eu sou fã.

O que é o luxo para você? Pois eu posso lhe falar do que foi o luxo pra mim durante esses 3 últimos dias. Um hotel tradicional mas simples: o Hotel das Figueiras. Um bom café da manhã: com bolo de cenoura e cobertura de chocolate. Uma bonita lagoa do outro lado da calçada: a Lagoa dos Patos. Um jantarzinho quase a luz de velas...mas na meia luz, sob o arvoredo, um delicioso pedaço de pizza sobre a tábua, vendido a metro, boas companhias que compartilharam desse momento e uma caipira de vodka. Era tudo!

Visite Buenos Aires

Qual será o segredo desse pé que nos inspira tanta confiança, embora o próprio dono pense que esse tenis nem está tão apresentável assim? Foi nesse pé que eu pisei na minha última viagem à Buenos Aires onde nos encontramos pela primeira vez. E foi na sequência que eu vim a conhecer o amigo que compartilha do mesmo prazer em tirar fotos e caminhar pelas ruas observando o quotidiano do mundo.

Sem moldes & molduras

Quem me conhece já sabe. Eu adoro inventar moda. Foi assim que um dia decidi que ia ter um pássaro em casa e o fiz. Foi minha primeira arte sobre o muro. Na sequência vieram outros...

Na minha casa tem um bosque

A rua onde moro é uma das mais longas e movimentadas avenidas da minha cidade. Ela desemboca num lago. Quando me sugeriram de vir morar aqui, o mais rápido possível, eu disse "não". Eu sonhava com uma rua calma, próxima de tudo. Então me falaram do ap: bonitinho, todo novinho, garagem, salão para festinhas. E eu dizendo "não". Mas fui. Cheguei no prédio, tinham me omitido uma informação. Além de tudo, aqui tem portaria 24h. É realmente um encanto. Minhas janelas são essas daí. Tem uma cortina verde natural que nos dá uma deliciosa sombra e consome o barulho externo. Quero ver o lago? Pego minha bicicleta lá em baixo e numa pedalada tô na água. Quando eu estou em casa não lembro que minha rua é um eixo de circulação importante da cidade. Foi bom ter vindo ver o lugar. Hoje a minha casa é aqui.

Café del tiempo

Eu sempre digo: "eu adoro café".
Mas de fato, sempre fico sonhando com um café que não tenho certeza se já experimentei.
Café com adoçante é horrível, já café com um amigo, eu adoro! Hoje eu levantei e não tinha café. Desde ontem eu já sabia mas faltar café à noite, nunca é tão grave quanto faltar café pela manhã. De manhã se não tem café eu nem acordo passo direto pra hora do almoço. Mas outro dia eu tava num restaurante com uma amiga que mora em Valência. Fazia muito calor e depois do almoço chegou a hora de pedir o café e a conta. Então ela me disse: na Espanha, quando faz calor tomamos "café del tiempo". E pediu ao garçon um copo cheio de gelo picado e um cafezinho. Chegou o café e o gelo, ela adoçou o café e derramou sobre o gelo fazendo então o famoso café de verão dos espanhois que "me gusta mucho!"

Civilidade, apenas...

É uma dica: se você nessas férias tá indo pros lados de Curitiba...
tem um bar chamado Babilônia que vale a pena conhecer. Um ambiente super atraente, multifacetado, até porque, você entra para o jantar quando vê, são seis da manhã e o pão é trazido na sua mesa. Isso! um bar 24 h. Com música, todo tipo de prato e preços para todos os gostos. No caixa, na hora de pagar, eu vi de tudo: revistas, bijoux, charutos, chocolates pra presente, xiii....
Curitiba é um lugar civilizado. Tem até gente que fala que parece artificial. Por mim, que continue. Que privilégio entrar numa boa padaria, como muitas por lá, receber um bom dia, bem dado como há tempos não ouvia, descobrir inúmeros lugares desde a tardinha até o amanhecer, cada um com uma proposta mais original que o outro. Quem não gosta?

O direito de ficar ronronando no seu canto

Férias é o máximo! Você acorda... hora que bem entende. Toma café e não sai correndo. Relê o finalzinho de página que levou você a nocaute na noite anterior, liga pra mãe, afaga os gatos e abre de levinho a persiana pra ver se o tempo tá bom ou tá ruim, sem se stressar porque sair, sair memo, você nem precisa. Blza! Enfim você chegou naquela etapa da vida, naquele momento do ano que você conquistou " o direito de ficar ronronando no seu canto". Coisa boa!

Você já comeu sua Banana-Split hoje?

Dia lindo, céu aberto. Férias! Período de liberdade. Acordar um pouco mais tarde, café da manhã sem correria. Brincando com os gatos, leio um capítulo de um livro infanto-juvenil com meu afilhado e fazemos planos para o nosso dia. Qual vai ser nossa "banana-split" de hoje? Banana-split era uma tradição nos anos 70. Para quem ainda não experimentou, é um sorvete de três bolas sobre uma meia-fatia de banana, servido num recipiente no formato de uma gôndola de vidro, cobertas de uma calda de caramelo e pedacinhos de castanha. Hoje, talvez, nosso único jeito de saboreá-la seja indo até a rodoviária, numa lancheria daquelas e "mandar ver". O propósito dessa história é levá-lo a buscar em sua mente, aquilo que, nesse dia lindo de sol lhe dará mais prazer, não perca essa ocasião deixando a sua "banana-split" derreter. No fim do dia a gente se fala, ok?

O que você daria para ter o controle do mundo?

Você é daqueles que adoram ter o controle do mundo?Assistindo ao desenho animado de Steven Spielberg se
identifica plenamente com o "Cérebro" e acha o "Pinky" um tremendo idiota? Olhando a fotinho, aí, ao lado você com certeza estaria pendurado na lampada. Deve ser daqueles virginianos chatos que os amigos apelam quando precisam do um conselho barato, justo e certeiro. Você nunca pega chuva desprevenido, nunca lhe falta dinheiro antes do final do mês? Nunca enfiou o pé numa jaca? Sobe numa balança, não tá acima do peso. Em compensação, você acumula responsabilidades, nunca ganha nada numa rifa pois não gasta dinheiro à-toa e também, ninguém lhe deve nada. Vai morrer cedo, hein! Não vai deixar lembranças. Tá feliz?

Passeio da "rainha" na ópera de Arame

Um dia você saiu de casa "se achando o máximo" .

Seu vizinho lhe ofereceu carona e você nem ligou pra o gesto de generosidade dele. Você não precisava de nada, nem de ningém. Não entendia ou fazia pouco daqueles que precisavam e não tinham a quem recorrer. Era dona de si. De cima de seus saltos altos não enxergava um palmo. Pois não é que um belo dia, você caiu na real. Era a ocasião de realizar um sonho. E então, se viu despreparada para o grande momento. E onde estávam os seus recursos? Cuide-se!

Tenho um coração

O coração é um músculo. Eu li isso outro dia. E até acho que já faz tempo. Hoje eu acordei com saudades. Saudades de um amigo distante, do irmão que já se foi e quase todo santo dia me faz chorar e de uma amiga que faz questão de dizer que é "a pior pessoa do mundo" para que a gente não perca tempo depositando nosso afeto nela e ela, por sua vez, não perca tempo gostando da gente. Mas "sentir saudades" esse é um dos movimentos desse músculo. Nem todos precisam pensar como eu, isso é mera questão de interpretação. O coração é como um presente, que chega para finalizar a composição dessa máquina que desfila pelas avenidas em tempo de Carnaval e a qual chamamos de "corpo". Nem sempre o entendemos como uma dádiva pois é por culpa dele que a gente sofre, chora e que nossos dias não são iguais, mesmo que a gente se levante, escove os dentes, vá pro trabalho e espere o chopp no final. Todos nós temos um coração que um dia pára. Isso não é questão de interpretação. Não espere por esse dia para tal constatação. Use o músculo. Te liga meu!